Só para avisar que este canto vai entrar num processo de renovação, pelo que poderá não conter nenhuma informação nova nos próximos tempos. Agradeço a compreensão de todos os leitores (que devem ser poucos). Espero que haja algumas melhorias no final disto tudo.
INTER
quarta-feira, 22 de dezembro de 2010
terça-feira, 21 de dezembro de 2010
O dia de hoje (III)
Já o tinha escrito aqui (O dia de hoje) e aqui (O dia de hoje (II)), mas hoje volto a escrever novamente. Hoje faz 20 anos que a minha mãe faleceu num desastre de automóvel durante a hora de almoço, numa sexta-feira, nas vésperas de um fim-de-semana natalício que seria celebrado com a família toda numa das aldeias profundas de Portugal, com todas as pessoas ao redor da lareira.
Mas não foi assim... muito pelo contrário.
Recordações do dia são poucas, apenas lembranças de ver as pessoas a chorar pela casa, tudo porque era muito novo e pouco deu para perceber o que se estava a passar no momento. Mas recordo-me perfeitamente de dias mais tarde não poder bater as panelas à janela durante a passagem de ano (antigamente era uma tradição lá por casa e muitas outras mais), porque a minha avó materna não deixou. Lá fiquei eu e os meus primos e primas todos tristes por não poder ir para a janela fazer barulho.
Entretanto é mais um ano que se vai passando e já se caminha a passos largos para 2011. Vamos lá ver o que o próximo ano me reserva...
sábado, 4 de dezembro de 2010
Novamente Dezembro
A oportunidade para fazer algo, para dizer uma palavra ou mesmo para um olhar pode mudar tudo na nossa vida.
Mas na minha, parece-me que perco sempre essa oportunidade chave... De certeza que fiz mal a muitas pessoas e não sei, pois estar constantemente a não conseguir acertar com nenhuma dessas oportunidades está, de certeza, relacionado. Tal como das outras vezes, desta também já não tenho nada que possa fazer a não ser levantar a cabeça e sorrir para a vida, pois nada mais há a fazer. "Mas pode ser sorte ou ser azar", já dizia um orador que tive o privilégio de ouvir na passada quinta-feira... Pode ser a sorte a estar do meu lado nesta situação ou então é o puro azar a continuar a fazer das suas e a mostrar que está presente, uma vez mais, na minha vida. Já o escrevi aqui imensas vezes e, para mal dos meus pecados, vou voltar a escrevê-lo: Não gosto do mês de Dezembro... É sempre neste mês que tenho que me levantar após mais uma queda. Mas o mais estranho desta última "queda" é o facto de ter me apercebido que ia acontecer e só ter ficado à espera para ter a certeza que ia cair. Nada mais podia fazer a não ser colocar umas "almofadas" para me proteger. Vá lá... pelo menos a queda não doeu tanto desta vez. Ainda agora o mês vai no início e já tenho este "abre-olhos" para ver melhor a vida e perceber que ainda não consigo perceber quando é a tenho que agarrar a oportunidade. De certeza que um dia destes vou perceber muito bem a oportunidade a surgir e será nessa oportunidade que a vida me vai sorrir. Até lá, são só mais uns tempos a pensar muito bem a quem é que devo ter feito tanto mal...
Mas pelo menos que haja alguém feliz no meio disto tudo, pois eu não sou de certeza.
quarta-feira, 1 de dezembro de 2010
Nota mental
Quando regressas de férias de repouso absoluto num feriado, não tenhas a triste ideia de ir "comer qualquer coisa" numa grande superfície comercial. Ainda por cima em Dezembro, altura das compras de Natal. É que pode ser um choque muito grande!
terça-feira, 23 de novembro de 2010
Achas-te forte?
Esta história que transcrevo a seguir é verídica e mostra muito bem o poder do amor entre duas pessoas. Leiam primeiro o texto e só depois vejam o primeiro vídeo.
Um dia, o filho pergunta ao pai:
- "Papá, vens correr comigo a maratona?"
O pai responde que sim, e ambos correm a primeira maratona juntos. Um outro dia, volta a perguntar ao pai se quer voltar a correr a maratona com ele, ao que o pai responde novamente que sim. Correm novamente os dois.
Certo dia, o filho pergunta ao pai:
- "Papá, queres correr comigo o Ironman? (O Ironman é o mais difícil... Exige nadar 4km, andar de bicicleta 180km e correr 42km)
E o pai diz que sim.
Isto é tudo muito simples... até que se vejam estas imagens... fantástico!
Deixo também este vídeo que explica melhor toda a história...Um dia, o filho pergunta ao pai:
- "Papá, vens correr comigo a maratona?"
O pai responde que sim, e ambos correm a primeira maratona juntos. Um outro dia, volta a perguntar ao pai se quer voltar a correr a maratona com ele, ao que o pai responde novamente que sim. Correm novamente os dois.
Certo dia, o filho pergunta ao pai:
- "Papá, queres correr comigo o Ironman? (O Ironman é o mais difícil... Exige nadar 4km, andar de bicicleta 180km e correr 42km)
E o pai diz que sim.
Isto é tudo muito simples... até que se vejam estas imagens... fantástico!
Depois disto tudo, acham que são fortes?
terça-feira, 16 de novembro de 2010
A casa das Alba - GETAS
Posso garantir que é uma peça a não perder. Com elenco de luxo, uma narrativa que nos impulsiona para a história, um som ambiente que cativa e nos integra dentro do ambiente da peça e numa sala intimista que faz transcender todos os sentidos, só poderá ser uma grande noite de teatro, como os GETAS sabem proporcionar.
Não percam!
quinta-feira, 11 de novembro de 2010
Etapa final
Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final...
Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver.
Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos. Não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos da vida que já se acabaram.
Foi despedida do trabalho? Terminou uma relação? Deixou a casa dos pais? Partiu para viver em outro país? A amizade tão longamente cultivada desapareceu sem explicações?
Você pode passar muito tempo se perguntando por que isso aconteceu...
Pode dizer para si mesmo que não dará mais um passo enquanto não entender as razões que levaram certas coisas, que eram tão importantes e sólidas em sua vida, serem subitamente transformadas em pó. Mas tal atitude será um desgaste imenso para todos: seus pais, seus amigos, seus filhos, seus irmãos, todos estarão encerrando capítulos, virando a folha, seguindo adiante, e todos sofrerão ao ver que você está parado.
Ninguém pode estar ao mesmo tempo no presente e no passado, nem mesmo quando tentamos entender as coisas que acontecem connosco.
O que passou não voltará: não podemos ser eternamente meninos, adolescentes tardios, filhos que se sentem culpados ou rancorosos com os pais, amantes que revivem noite e dia uma ligação com quem já foi embora e não tem a menor intenção de voltar.
As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas realmente possam ir embora...
Por isso é tão importante (por mais doloroso que seja!) destruir recordações, mudar de casa, dar muitas coisas para orfanatos, vender ou doar os livros que tem.
Tudo neste mundo visível é uma manifestação do mundo invisível, do que está acontecendo em nosso coração... e o desfazer-se de certas lembranças significa também abrir espaço para que outras tomem o seu lugar.
Deixar ir embora. Soltar. Desprender-se.
Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas, portanto às vezes ganhamos, e às vezes perdemos.
Não espere que devolvam algo, não espere que reconheçam seu esforço, que descubram seu gênio, que entendam seu amor. Pare de ligar sua televisão emocional e assistir sempre ao mesmo programa, que mostra como você sofreu com determinada perda: isso o estará apenas envenenando, e nada mais.
Não há nada mais perigoso que rompimentos amorosos que não são aceitos, promessas de emprego que não têm data marcada para começar, decisões que sempre são adiadas em nome do "momento ideal".
Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo: diga a si mesmo que o que passou, jamais voltará!
Lembre-se de que houve uma época em que podia viver sem aquilo, sem aquela pessoa - nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade.
Pode parecer óbvio, pode mesmo ser difícil, mas é muito importante.
Encerrando ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida.
Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira. Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é. Torna-te uma pessoa melhor e assegura-te de que sabes bem quem és tu próprio, antes de conheceres alguém e de esperares que ele veja quem tu és..
E lembra-te:
Tudo o que chega, chega sempre por alguma razão
Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver.
Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos. Não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos da vida que já se acabaram.
Foi despedida do trabalho? Terminou uma relação? Deixou a casa dos pais? Partiu para viver em outro país? A amizade tão longamente cultivada desapareceu sem explicações?
Você pode passar muito tempo se perguntando por que isso aconteceu...
Pode dizer para si mesmo que não dará mais um passo enquanto não entender as razões que levaram certas coisas, que eram tão importantes e sólidas em sua vida, serem subitamente transformadas em pó. Mas tal atitude será um desgaste imenso para todos: seus pais, seus amigos, seus filhos, seus irmãos, todos estarão encerrando capítulos, virando a folha, seguindo adiante, e todos sofrerão ao ver que você está parado.
Ninguém pode estar ao mesmo tempo no presente e no passado, nem mesmo quando tentamos entender as coisas que acontecem connosco.
O que passou não voltará: não podemos ser eternamente meninos, adolescentes tardios, filhos que se sentem culpados ou rancorosos com os pais, amantes que revivem noite e dia uma ligação com quem já foi embora e não tem a menor intenção de voltar.
As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas realmente possam ir embora...
Por isso é tão importante (por mais doloroso que seja!) destruir recordações, mudar de casa, dar muitas coisas para orfanatos, vender ou doar os livros que tem.
Tudo neste mundo visível é uma manifestação do mundo invisível, do que está acontecendo em nosso coração... e o desfazer-se de certas lembranças significa também abrir espaço para que outras tomem o seu lugar.
Deixar ir embora. Soltar. Desprender-se.
Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas, portanto às vezes ganhamos, e às vezes perdemos.
Não espere que devolvam algo, não espere que reconheçam seu esforço, que descubram seu gênio, que entendam seu amor. Pare de ligar sua televisão emocional e assistir sempre ao mesmo programa, que mostra como você sofreu com determinada perda: isso o estará apenas envenenando, e nada mais.
Não há nada mais perigoso que rompimentos amorosos que não são aceitos, promessas de emprego que não têm data marcada para começar, decisões que sempre são adiadas em nome do "momento ideal".
Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo: diga a si mesmo que o que passou, jamais voltará!
Lembre-se de que houve uma época em que podia viver sem aquilo, sem aquela pessoa - nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade.
Pode parecer óbvio, pode mesmo ser difícil, mas é muito importante.
Encerrando ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida.
Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira. Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é. Torna-te uma pessoa melhor e assegura-te de que sabes bem quem és tu próprio, antes de conheceres alguém e de esperares que ele veja quem tu és..
E lembra-te:
Tudo o que chega, chega sempre por alguma razão
Fernando Pessoa
quinta-feira, 28 de outubro de 2010
Saudades
“Um dia a maioria de nós irá separar-se.
Sentiremos saudades de todas as conversas atiradas fora, das descobertas que fizemos, dos sonhos que tivemos, dos tantos risos e momentos que partilhámos. Saudades até dos momentos de lágrimas, da angústia, das vésperas dos fins-de-semana, dos finais de ano, enfim... do companheirismo vivido.
Sempre pensei que as amizades continuassem para sempre.
Hoje já não tenho tanta certeza disso. Em breve cada um vai para seu lado, seja pelo destino ou por algum desentendimento, segue a sua vida. Talvez continuemos a encontrar-nos, quem sabe... Nas cartas que trocaremos. Podemos falar ao telefone e dizer algumas tolices... Aí, os dias vão passar, meses... anos... Até este contacto se tornar cada vez mais raro.
Vamo-nos perder no tempo...
Um dia os nossos filhos verão as nossas fotografias e perguntarão:
- Quem são aquelas pessoas?
Diremos... Que eram nossos amigos e... Isso vai doer tanto!
- Foram meus amigos, foi com eles que vivi tantos bons anos da minha vida!
A saudade vai apertar bem dentro do peito. Vai dar vontade de ligar, ouvir aquelas vozes novamente...
Quando o nosso grupo estiver incompleto... Reunir-nos-emos para um último adeus a um amigo. E, entre lágrimas, abraçar-nos-emos. Então, faremos promessas de nos encontrarmos mais vezes daquele dia em diante.
Por fim, cada um vai para o seu lado para continuar a viver a sua vida isolada do passado. E perder-nos-emos no tempo...
Por isso, fica aqui um pedido deste humilde amigo: não deixes que a vida passe em branco, e que pequenas adversidades sejam a causa de grandes tempestades... Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos!”
Fernando Pessoa - Saudade
Este texto é para dedicar a todos aqueles meus amigos e amigas que, perto ou longe, estão sempre comigo, sempre no meu coração. Aqueles que me conhecem bem e que percebem todas as minhas maluquices (sejam nas redes sociais ou não), aqueles que sabem quando estou a precisar de um mimo ou quando é que estou a precisar de desanuviar ou quando não gosto de alguma de coisa, aqueles que sabem que podem contar comigo para tudo, seja para uma conversa, seja para um momento de silêncio em companhia, seja somente para ouvir... Mas acima de tudo este texto e este post serve para mostrar que a amizade tem que ser trabalhada. Acho que o texto deste Escritor (sempre aprendi que se deve escrever a palavra com a primeira letra maiúscula quando queremos demonstrar a importância da mesma) demonstra muito bem o que acontece com grandes amizades. Posso não ser o amigo mais presente do mundo, mas posso confirmar que faço o esforço para estar presente o máximo de tempo com as pessoas de quem gosto. E sei que isso não vai mudar...
terça-feira, 26 de outubro de 2010
Estado de alma
Memória - Carlos Drummond
Amar o perdido
deixa confundido
este coração.
Nada pode o olvido
contra o sem sentido
apelo do Não.
As coisas tangíveis
tornam-se insensíveis
à palma da mão
Mas as coisas findas
muito mais que lindas,
essas ficarão.
Parece que esta pequena poesia calha mesmo bem para a música que deixo de seguida:
Amar o perdido
deixa confundido
este coração.
Nada pode o olvido
contra o sem sentido
apelo do Não.
As coisas tangíveis
tornam-se insensíveis
à palma da mão
Mas as coisas findas
muito mais que lindas,
essas ficarão.
Parece que esta pequena poesia calha mesmo bem para a música que deixo de seguida:
quinta-feira, 21 de outubro de 2010
Compras
De maneira que, era um destes que eu ando a ver há imenso tempo e que tanta falta me faz lá por casa... e não só.
Por acaso não há aí ninguém que me queira oferecer um? Dizem que não custa nada perguntar...